Após mais de um
ano de negociações, o parecer do Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado
na quarta-feira na comissão especial que trata do tema na Câmara. O deputado
Ângelo Vanhoni (PT-PR) elevou na última hora de 7,5% para 8% a polêmica meta
que trata da porcentagem do PIB a ser destinada ao ensino em dez anos.
No entanto, o
impasse segue, já que esse ponto específico deve ser votado separadamente como
destaque no final do mês. Na prática, o número ainda pode ser alterado. Durante
sua campanha para a Presidência, Dilma Rousseff tinha se comprometido a
aumentar o investimento em educação dos atuais 5% do PIB para 7% até o fim do
mandato, em 2014.
O parecer de
Vanhoni adia a meta de Dilma para 2021 ou 2022 (a depender do ano da sanção do
plano) o alcance dos 8%. Além disso, os 8% ficam abaixo dos 8,29% que o próprio
Vanhoni havia sugerido em novembro e mais distante ainda dos 10% defendidos por
partidos da oposição e entidades como a Campanha Nacional pelo Direito à
Educação e a União Nacional dos Estudantes (UNE). O relator sofreu pressão do
Ministério da Fazenda e da Casa Civil, que resistiram a uma porcentagem maior.
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