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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Movimentos
Professores protestam em defesa da educação em todo o país


Profissionais da educação do país em inteiro protestam, nesta terça-feira (5), em repúdio os atos violentos do governador do Paraná, Beto Richa, contra os profissionais na última quarta-feira (29), durante uma manifestação pacífica em defesa do atual modelo da Previdência estadual.


O Ato Nacional pela Educação foi convocado pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) para esta terça-feira (5), às 10 horas. De acordo com a diretora executiva da CTB, Marilene Betros, a entidade se posiciona contra qualquer atitude autoritária e violenta e por isso vai apoia e participa da mobilização. Ressalta ainda a importância de debater o tema dentro de sala de aula, com os alunos, e também fora, com os pais e a comunidade.

Nesta segunda-feira (4) milhões de professores em todo o país compareceram no trabalho usando roupas pretas em sinal de luto pelo massacre realizado contra os profissionais da educação no Paraná e em defesa da educação pública de qualidade.


A Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) também orienta aos profissionais da educação da rede particular a participar dos atos em defesa da educação e da democracia

Caminhada contra a violência em Curitiba

Os professores da rede estadual de ensino do Paraná realizaram na manhã desta terça-feira (5) uma caminhada pelas ruas de Curitiba. O intuito do ato é protestar contra a violência policial que na última quarta-feira (29) deixou pelo menos 170 manifestantes, na maioria professores, e 20 policiais.

Os manifestantes seguiram em passeata da Praça 29 de Dezembro até o Centro Cívico, sede do governo estadual. Os professores paranaenses estão em greve desde 25 de abril. Eles reivindicam reajuste salarial, novo concurso público e melhores condições de trabalho.


“Dos 392 professores feridos, mais de 90% foram atingidos da cintura para cima: cabeça, tronco, rosto, até nos olhos” segundo informações do site viomundo.


Como em todo o Brasil, no Rio Grande do Norte, em várias escolas do Estado e municípios, houve manifestações espontâneas e protestos por parte dos professores, em adesão ao protesto convocado nas redes sociais.



Segundo informações do professor Hugo Martins, Corrdenador da Regional de Caicó do SINTE/RN, “muitos professores foram trabalhar no início desta semana a partir, do dia 04 de maio, vestindo roupas pretas em solidariedade à luta aos colegas do Paraná”, afirmando ainda que “o protesto foi ao mesmo tempo uma homenagem a todos/as os/as corajosos/as trabalhadores da educação que se mantiveram firmes em meio a uma chuva de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, balas de borracha, pancadaria com cassetetes e ataques de cães, sendo por isso, também um LUTO pelas vitimas do massacre da covardia e da truculência policial promovida pelo governado do Paraná, Beto Richa do PSDB”, ocorrida durante a realização de uma manifestação pacífica realizada no dia 29 de abril de 2015.


Em Caicó e noutro abrangidos pela regional do SINTE/RN, como Jardim de Piranhas, por exemplo, ouve protestos nas escolas, publicados, que repercutiram nas redes sociais.


 (Fonte pesquisada: http://www.vermelho.org.br/noticia, publicado em 05 de maio, e http://www.viomundo.com.br, publicada no dia 04 de maio de 2015).











































Aprovada primeira MP do ajuste fiscal por 252 votos contra 227



Jandira acionará Justiça por apologia à violência de gênero.

“A violência contra a mulher não é o Brasil que a gente quer.” Com este refrão, parlamentares, encabeçados pela Bancada Feminina da Câmara, se solidarizaram com a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), após agressão do deputado Roberto Freire (PPS-PE) e ameaça do deputado Alberto Fraga (DEM-DF) – que defendeu a violência contra a mulher.

“Parece que as noites na Câmara não têm como piorar nesta Legislatura. Fui agredida fisicamente pelo deputado Roberto Freire durante discussão das medidas provisórias 664 e 665. Pegou meu braço com força e o jogou para trás. O deputado Alberto Fraga, não satisfeito com a violência flagrada, disse que ‘quem fala como homem deve apanhar como homem’ na minha direção. Fazia menção a mim. É assustador o que está acontecendo nesta Casa. Em trinta anos de vida pública jamais passei por tal situação. Parece irônico a mulher que escreveu o texto em vigor da Lei Maria da Penha seja vítima de um crime como este”, afirma a parlamentar.

De acordo com Jandira, a atitude de Fraga terá repercussão judicial. “Meus advogados vão acionar judicialmente o senhor Fraga pela apologia inaceitável. Esta medida já está sendo encaminhada. Minha trajetória é reta, ética e coerente dentro da política desde quando me tornei uma pessoa pública, na década de 80. Não baixarei a cabeça para nenhum machista violento que acha correto destilar seu ódio. A Justiça cuidará disto. E ela, sim, pesará sua mão.”

Os ataques começaram depois que o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) exigiu punição aos manifestantes contrários à Medida Provisória 665/14, que jogaram cópias de notas de dólar sobre o Plenário durante a votação da matéria, nesta quarta-feira (6).

Fonte: Assessoria da Liderança do PCdoB na Câmara

(Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia, publicado em 06 de maio de 2015)


DENÚNCIA


Governo do estado abre rombo no fundo de pensão da previdência do RN


Em apenas cinco meses à frente do governo, a gestão Robinson Faria já abriu um rombo de meio bilhão de reais na previdência estadual.
Agora, o governo do estado tem até dezembro de 2018 para repor o montante retirado do fundo de pensão.
Ao todo foram retirados:
ü 234 milhões em Dezembro;
ü 90 milhões em Janeiro;
ü 43 milhões em  Fevereiro;
ü 65 milhões em Março e
ü 83 milhões em Abril.
Os saques, que foram efetuados a partir do aval da Assembleia Legislativa, colocam em risco as pensões e aposentadorias presentes e futuras dos servidores estaduais.
Em entrevista veiculada no Extra Classe TV no último dia 26 de abril, a Coordenadora Geral do SINTE/RN, Fátima Cardoso, já denunciava a ameaça que os saques representam. Para o Sindicato, é necessária além da interrupção dos saques a devolução imediata do dinheiro retirado.
O SINTE também não admite a possibilidade de privatização da previdência a partir da criação de um regime de sistema complementar.
Veja o vídeo AQUI
 (Fonte: http://sintern.org.br, publicado em 05/05/2015)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

ELEIÇÃO DO SINTE/RN


Prazo para inscrições de chapa para eleição do SINTE termina no dia 15 de maio


No dia 15 deste mês termina o prazo para inscrever as chapas que vão disputar as eleições do SINTE/RN. Já no dia 16 de maio será dada a largada para a campanha eleitoral.
O pleito será realizado no próximo dia 15 de junho. A chapa eleita ficará à frente do Sindicato no biênio (2016-2018).
Confira abaixo o cronograma das eleições do SINTE/RN:
15/04 a 15/05 – Registro de Chapa
15/05 – Prazo final para indicação de representantes de Chapa para integrar a Comissão Eleitoral
16/05 a 14/06 – Campanha Eleitoral
18/05 – Prazo final para entrega do ROL pelo SINTE/RN a Comissão Eleitoral.
18/05 a 19/05 – Análise do registro das Chapa
20/05 – Divulgação da relação nominal das Chapa
22/05 – Reunião com representantes das regionais e núcleos para tratar do pleito eleitoral
27/05 – Notificação da Comissão Eleitoral a chapa impugnada, caso haja.
27/05 e 28/05 – Apresentação da contrarrazão da impugnação a Comissão Eleitoral.
28/05 a 08/06 – Análise pela Comissão Eleitoral sobre impugnação de Chapa
09/06 – Divulgação da decisão e notificação do interessado sobre impugnação de Chapa
10/06 – Prazo final para entrega dos nomes que comporão as mesas coletoras e apuradoras de votos.
14/06 – Prazo final da campanha eleitoral.
15/06 – Eleições.
17/06 – Divulgação do resultado das eleições nas mídias do SINTE/RN.
22/06 – Prazo máximo para registro em cartório da ata da apuração e proclamação da chapa eleita.


(Fonte: http://sintern.org.br, publicado em 06/05/2015)

sábado, 2 de maio de 2015


Programa Educação em Destaque: Dr. João Braz fala sobre a terceirização e SINTE/Caicó presta homenagem a todos/as os trabalhadores/as 


O Programa Educação em Destaque desse sábado (dia 02 de maio) foi apresentado pela Prof.ª Socorro Freitas com a participação do prof. Hugo Martins, Coordenadores da Regional de Caicó do SINTE/RN, contando ainda com a participação especial do Professor e Advogado e Dr. João Braz de Araújo, convidado.

A professora Socorro Freitas abriu o programa dando informes sobre a conjuntura política atual, abordando sobre:

ü O pronunciamento nas redes sociais Presidenta Dilma Rousseff no “Dia do Trabalhador”;

ü  As comemoração do 1º de maio em havana (Cuba), onde o presidente da Venezuela Nicolas Maduro participou ao lado de Raul castro, anunciando 30% de aumento salarial para os trabalhadores venezuelanos; tendo havido também protestos e manifestações na Europa, Ásia, Oriente Médio, África e América Latina;

ü A realização do "VII SEMINÁRIO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO SERIDÓ" na última quarta-feira (dia 29) pela Regional de Caicó do SINTE/RN, cujo tema foi o "PNE e as conquistas dos movimentos socias", ocorrido no salão de eventos do CDS, das 8:00 às 17:00 horas, com palestras e debates.

Em seguida o professor Hugo Martins, no Editorial do Programa, prestou uma homenagem aos trabalhadores e trabalhadora brasileiros pela passagem do 1º DE MAIO -"DIA DO TRABALHADOR", fazendo a leitura de uma matéria intitulada “O SENTIDO HISTÓRICO DO 1º DE MAIO E A LUTA CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO”.

Em seguida a palavra foi passada ao Dr João Braz de Araújo que falou sobre a tramitação, no Congresso nacional, da Lei 4330 que trata sobre da questão da terceirização e suas consequências para a classe trabalhadora, matéria aprovada na Câmara, na sessão do dia 08 de abril, último, com ampla maioria e cujos destaques  foram aprovados no dia 22, ampliando ainda mais a possibilidade de terceirização para todas as áreas das empresas. João Braz afirmou se tratar da "maior e mais séria ameaça aos direitos trabalhistas nos últimos 70 anos”.

Em seguida, após discutir os pontos principais acerca do PL 4330, o professor João Braz afirmou que “a criação desta lei, da maneira como pretende aprovar a bancada conservadora, será um retrocesso total para os trabalhadores e para o desenvolvimento do país, porque provoca o aumento do desemprego e a precarização das relações e condições de trabalho”.

Disse ainda o jurista que “apesar da matéria (PL 4330/2004) ter sido aprovada na Câmara, a mesma irá tramitar no Senado onde poderá haver alterações, dai retornará novamente à Câmara, para só então seguir para a apreciação (sanção ou veto) da presidenta Dilma Rousseff, que já garantiu que caso não haja mudanças no teor da lei, a mesma vetará a matéria”. João Braz encerrou sua fala conclamando a classe trabalhadora e os movimentos sociais a lutar e resistir contra o retrocesso representado pela aprovação desta matéria.

Ao final, o prof. Hugo Martins prestou uma singela homenagem a todos/as os/as trabalhadores e trabalhadoras recitando as belas palavras do líder operário da greve geral de 1886, o norte-americano August Spies quando, perante o Tribunal burguês que o condenou à pena de morte na forca, ao lado de companheiros, afirmou com eloquência e sabedoria:

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, se esperam a rendição – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!"

(August Spies, 1989).





PROGRAMA "EDUCAÇÃO EM DESTAQUE"


O Programa radiofônico “Educação em Destaque” da Regional de Caicó do SINTE/RN, vai ao ar todo sábado, das 11:00 às 11:30 horas, pela Rádio Rural de Caicó/AM. 

O Programa radiofônico “Educação em Destaque” se constitui um importante instrumento de luta e de divulgação da classe trabalhadora sendo um encontro semanal com os trabalhadores em educação e ouvintes, que participam ao vivo, via telefone, ligando para o estúdio da Rádio Rural de Caicó pelo número:(84)3421-2270, ou pela Internet pelo e-mail:sinteregionaldecaico@gmail.com.



CURITIBA: A LUTA CONTINUA!

Professores do Paraná mantêm greve e resistência a desmonte de previdência
Depois de nova investidas truculentas da PM contra os trabalhadores, ontem, deputados chegam a falar em possibilidade de "massacre", a mando de Beto Richa.

por Ricardo Gozzi,

Curitiba – A greve dos professores da rede estadual de ensino do Paraná entrou hoje (29) em seu terceiro dia com adesão praticamente total da categoria, apesar de logo depois de sua deflagração a Justiça do Estado ter, a pedido do governador tucano Beto Richa, declarado a greve "ilegal". Pela decisão, os educadores terão os dias parados descontados e a APP Sindicato, entidade que representa os professores estaduais, será multada em R$ 40 mil por dia de paralisação. A APP, por sua vez, já recorre da decisão.
A segunda greve dos professores paranaenses em menos de dois meses foi decidida em assembleia, realizada no último sábado em Londrina, em protesto contra as alterações propostas pelo governo Richa, que afetarão os servidores estaduais aposentados e pensionistas com mais de 73 anos de idade. Cálculos indicam que as mudanças reduzirão praticamente pela metade - de 57 para 29 anos - o tempo de solvência dos fundos de previdência do funcionalismo público. Na mesma assembleia, os professores lançaram a campanha salarial de 2015.
Esta é a segunda vez este ano que o governo tucano tenta impor mudanças à previdência dos servidores estaduais. A primeira tentativa ocorreu em fevereiro, semanas depois de ter declarado que o Paraná encontrava-se à beira do colapso financeiro.
Na ocasião, os professores e outras categorias do funcionalismo mobilizaram-se e conseguiram não só forçar o governo a retirar a proposta de votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) como obrigaram os deputados estaduais a extinguirem a "comissão geral", um artifício regimental por meio do qual o governo impunha medidas impopulares restringindo o tempo de debate.
Agora em abril, ao reapresentar as mudanças na previdência, o governo tucano alegou ter discutido amplamente as mudanças propostas. Já o Fórum dos Servidores e a oposição ao governo têm outra interpretação. Das mais de dez emendas apresentadas pelos servidores à proposta do governo, apenas duas foram acatadas. O deputado estadual Professor Lemos (PT) qualifica como "monólogo" o que o governo tucano chama de "diálogo".
Reencaminhado à Alep em regime de urgência, o projeto deve terminar de tramitar hoje. Ao longo desta quarta-feira, o texto deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça, ser votado em segundo turno em sessão ordinária, passar por terceiro turno em sessão extraordinária e ser encaminhado ainda hoje para redação final.
A aprovação é dada como certa tanto por deputados governistas quanto de oposição, mas os servidores prometem fazer barulho. Ainda não se sabe se o cordão de isolamento imposto pela polícia ao redor da Alep já na manhã da segunda-feira (27) será levantado hoje, nem se populares serão autorizados a acompanhar das galerias a votação.
Ontem, a polícia usou balas revestidas de borracha, canhões d'água, bombas de gás e spray de pimenta para deter uma marcha dos servidores. Num determinado momento, até a chave do caminhão de som da APP Sindicato sumiu.
O presidente da APP, Hermes Leão, acusa Beto Richa de ter instalado uma "ditadura" no Paraná. O deputado Lemos lembra que nem na época da ditadura civil-militar o acesso à Alep chegou a ser fechado. Já o governador tucano acusa a APP e a CUT de atuarem como "braços do PT" e exige a imediata retomada das aulas.
Hoje pela manhã, caravanas de professores oriundas de todos os cantos do Paraná começaram a chegar a Curitiba para uma concentração em frente à Alep. As entidades sindicais esperam pelo menos 20 mil no protesto. Como a PM concentrou cerca de 4 mil soldados no Centro Cívico de Curitiba, o clima promete ser de tensão.
O presidente da Alep, Ademar Traiano (PSDB), considera justificada a forte presença policial e as galerias vazias. Segundo ele, o fato de os servidores terem invadido a Alep em fevereiro durante protesto contra o ajuste fiscal de Beto Richa é base "mais que suficiente" para uma medida "preventiva".
Já o deputado Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, é a favor não apenas da abertura da Alep para o povo como do fim do cordão de isolamento policial. "Dada essa situação, temo por um massacre", advertiu.
Posicionado na rampa da Alep para capturar imagens dos manifestantes, um cinegrafista ironizou: "A polícia tem que ficar pra proteger o povo desses caras que estão aqui dentro".

(Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/educacaopublicado 29/03/2015)
Contrariando Richa, Defensoria Pública do Paraná afirma que não havia black blocks em protesto

Apesar de o governador do Paraná, o tucano Beto Richa, afirmar que havia a presença do grupo conhecido como black blocks nos protestos dos professores no estado, a Defensoria Pública negou a participação do grupo nas manifestações na última quarta-feira (29).


"Destaque-se que nenhuma das pessoas detidas foi autuada em virtude da prática de crime de dano ao patrimônio público ou privado, porte de arma ou artefato explosivo, não havendo nenhum indício de que tais manifestantes sejam integrantes de grupos denominados black blocs", afirmava a nota liberada.

Em nota oficial, o Grupo de Trabalho de Direito Penal da Defensoria afirmou ainda que prendeu 12 pessoas entre professores e servidos, além de dois adolescentes. A nota ainda informou que os presos foram autuados por crimes como resistência, desacato e perturbação do trabalho ou sossego alheio e em seguida foram liberados.

Guerra civil no Paraná

O governador tucano Beto Richa defendeu a atuação policial no dia das manifestações, afirmando que não havia observado nenhum excesso e justificou o cerco à Assembleia Legislativa. "Partiram para cima dos policiais com as grades de contenção e estavam preparando coquetel molotov quando foram detidos", afirmou Richa.

Para Richa, o massacre registrado na quarta-feira (29) contra os professores do Paraná foi uma "reação natural da proteção da vida", e um revide, já que segundo ele, quem agiu com truculência não foi a polícia, mas sim os manifestantes.

Ora, se uma polícia, responsável pela segurança do Estado e pela garantia do direito de ir e vir, tem de agir daquela forma para se proteger, só podemos chegar à conclusão de que estamos numa guerra civil. Se a polícia tem que revidar para proteger sua vida, estamos em guerra civil. Se a polícia bateu porque estava com medo de morrer, estamos numa guerra civil.

O presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro e da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB, Wadih Damous, avalia que a polícia militar do Paraná, por ordem do governador, "espancou de forma selvagem professores em greve na defesa de seus direitos que estão sendo esbulhados por um governo inconsequente, incompetente e violento". Damous classifica ainda como uma "brincadeira irresponsável" dizer que houve confronto, chamando os fatos violentos de "verdadeiro massacre contra educadores desarmados". 
O jurista cita o exemplo de 17 policiais que se recusaram a participar da "selvageria", acreditando que eles devem ter respeitados, naturalmente, "professores de seus filhos". Em uma declaração nas redes sociais, Damous chama o governador do estado de Beto "Hitler" e afirma que tal apelido não é a toa - "mostra que não reúne as mínimas condições de governar um estado tão importante", dispara.

O desembargador Siro Darlan também criticou o posicionamento do governo do Paraná em defender a PM nas ações violentas contra educadores. "O estado tem sido muito violento. As forças repressoras estão agindo de forma vicerada, violenta, autoritária, arbitrária", classificou o magistrado.

Darlan relembrou que nas manifestações de 2013, organizadas pela categoria dos educadores, jovens e estudantes que participaram foram apelidados de black blocs, para justificar atos violentos contra qualquer cidadão que se manifesta. "Como se não fosse garantido na Constituição o direito de protesto. Isso é a democracia", destaca o desembargador.

Jorge Luiz Souto Maior, professor de Direito na Universidade de São Paulo, destaca que o que aconteceu na cidade pode ficar conhecido como o "Massacre de Curitiba", em referência a outros ataques históricos contra a classe trabalhadora e a população. Para ele, a ação covarde contra os professores demonstra uma afronta à lógica democrática, sobretudo no que se refere a reivindicações de trabalhadores.

"Parece que todo mundo tem direito à democracia, menos os trabalhadores e os movimentos sociais, violentamente reprimidos, mesmo quando lutam pela não retirada de direitos. Sofrem uma violência com a retirada dos direitos, e depois são violentamente reprimidos quando tentam lutar contra isso. Isso é um caso muito grave", alerta.

A violência dos policiais é ainda incentivada e cobrada pelas instituições, acredita. Souto Maior critica a tentativa de justificar o ocorrido por parte do governador e de comandantes da polícia, mesmo após demonstrações claras do que ocorreu, com fotos e vídeos com professores gravemente feridos. "Nem assumiram o erro. Isso é muito grave. Demonstra convicção quanto à barbárie."



A Anistia Internacional se posicionou sobre o ocorrido, criticando a resposta do governo do Paraná à ação policial. “É fundamental que a violência de ontem seja investigada, de forma célere e independente, e que as autoridades do alto escalão também sejam responsabilizadas pelo que ocorreu. A polícia não age por conta própria e as falas das autoridades mostram que para o governo a ação policial foi adequada. Isso é um agressão à liberdade de expressão e ao direito à manifestação pacífica”, afirma Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.

(http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/05/02)




REPÚDIO INTERNACIONAL AO MASSACRE DE CURITIBA


Massacre em Curitiba repercute na mídia internacional
Imprensa estrangeira divulga imagens da truculência da polícia paranaense


O massacre de professores que ocorreu nesta quarta-feira (29/04) em Curitiba, no Paraná, repercutiu na imprensa internacional. As cenas de truculência da polícia na capital paranaense correram o mundo.

Os professores em greve estavam acampados no Centro Cívico fora do plenário da Assembleia Legislativa e protestavam pelo direito a melhores salários. A polícia reagiu com balas de borracha bombas de efeito moral e até cães treinados.

‘O governador do Paraná, Carlos Alberto Richa, do PSDB mobilizou a Polícía Militar para impedir a entrada", destacou o jornal espanhol El País. "A reação das autoridades foi amplamente criticada como sendo excessiva", diz o texto do site do jornal americano New York Times. O jornal argentino Clarín diz que um "brutal enfrentamento" deixou um saldo de pelo menos 213 feridos.



TRUCULÊNCIA POLICIAL, COVARDIA E MASSACRE EM CURITIBA


Violência e repressão marcam a greve dos professores do Paraná


Os professores da rede estadual de ensino do Paraná entraram novamente em greve. Eles protestam contra a alteração na Previdência dos servidores públicos que será votada nesta quarta-feira (29) na Assembleia Legislativa. Durante a manifestação desta terça-feira (28) em frente ao Centro Cívico, os professores foram fortemente reprimidos com um aparato policial que não hesitou em usar bombas de gás, sprays de pimenta, balas de borracha e muito cassetete.

Joaquim Eduardo

A tropa de choque da Polícia Militar agrediu os professores com bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha. O Centro Cívico ficou completamente cercado pela tropa de choque da Polícia Militar, que impediu a aproximação dos professores da Casa de Leis. Diversos ficaram feridos. A violência foi tanta que as instituições federais começam a dar atenção ao caso.
Nesta terça-feira (28) o Senado divulgou a aprovação de uma Comissão Temporária Externa para acompanhar a forma como governador vem tratando os dirigentes sindicais, trabalhadores e estudantes, ao impedi-los de acompanhar a sessão legislativa.
A comissão será composta por cinco senadores e chega nesta quarta-feira (29) a Curitiba para acompanhar a greve e a votação do projeto. O requerimento para a criação do colegiado foi apresentado pela senadora Gleisi Hoffmann e pelo senador Roberto Requião.
Enquanto isso no Centro Cívico, a concentração de professores e funcionários só aumenta. São servidores de outras categorias, estudantes e comunidade escolar, de várias partes do Paraná, que chegaram nesta manhã para somar esforços na luta.
Depois do cenário de guerra da tarde desta terça-feira (28), a noite transcorreu tranquilamente, sem confrontos, e os professores permaneceram acampados em frente à Casa de Leis.
A APP Sindicato (que representa a categoria) vai recorrer para que a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que dá direito a uma parte dos manifestantes de ocupar as galerias do Plenário, seja cumprida.
(Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia29 de abril de 2015)

FOTOS DO MASSACRE :