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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cesta básica sobe em 10 das 17 capitais em janeiro, diz Dieese

O valor da cesta básica subiu em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em janeiro, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira. A variação positiva ficou entre 4,61% e 0,79%.
As maiores altas foram em Goiânia (4,61%), Salvador (1,43%) e Florianópolis (1,10%). Já as principais retrações ocorreram em Belo Horizonte (-3,87%), Brasília (-3,49%) e São Paulo (-1,39%). Nas demais capitais os preços variaram entre 0,79%, em João Pessoa, e -0,86%, em Vitória.
Na comparação entre janeiro e o mesmo mês de 2009, todas as 17 capitais tiveram diminuição no custo da cesta. As maiores quedas foram em Belo Horizonte (-11,35%) e Goiânia (-9,38%). Já as menores retrações foram em Belém (-2,89%) e Recife (-2,99%).
O Dieese estima em R$ 1.987,26 o salário mínimo adequado, com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o piso deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Esse valor representa 3,90 vezes o mínimo em vigor em janeiro (R$ 510).
Em dezembro, quando o salário mínimo era de R$ 465, o menor salário deveria ser de R$ 1.995,91, ou R$ 8,65 a mais do que no mês seguinte.
Preço da cesta
No mês passado, a compra do conjunto de itens básicos custou R$ 236,55 em Porto Alegre, o maior valor entre as localidades. A segunda capital mais cara foi São Paulo (R$ 225,02), seguida por Vitória R$ 217,20 e Manaus (R$ 216,53).
Já o menor custo da cesta foi encontrado em Aracaju (R$ 169,13), João Pessoa (R$ 171,97) e Recife (R$ 172,29).
O trabalhador precisou cumprir jornada menor em janeiro para comprar o conjunto de produtos básicos nas 17 capitais, gastando 86 horas e 48 minutos. Em dezembro, eram exigidas 95 horas e 20 minutos e, em janeiro de 2009, 114 horas e 26 minutos. Segundo o Dieese, o motivo foi o aumento de 9,68% do salário mínimo a partir de 1º de janeiro.
Produtos
Produtos de grande peso na composição da cesta tiveram aumento em janeiro. O açúcar ficou mais caro em 16 das 17 capitais, com destaque para João Pessoa (32,47%), Goiânia (19,18%) e Vitória (16,97%). Apenas em Aracaju o preço se manteve inalterado.
O arroz também teve elevação do custo em 12 capitais, sendo as maiores altas em Belo Horizonte (8,51%), Vitória (7,41%) e Goiânia (7,23%).
Segundo o Dieese, carne e pão, dois dos itens com maior peso na cesta, subiram em dez capitais. Em relação à carne, as maiores altas foram em Goiânia (6,67%), Natal (3,48%), Aracaju (2,55%) e Belém (2,06%). Em São Paulo, o custo ficou estável, e em seis capitais foi registrada queda, como Belo Horizonte (-2,08%) e Vitória (-1,99%).
Já o pão, teve elevações mais significativas em Curitiba (3,17%), Florianópolis (1,73%) e Goiânia (1,58%). Três capitais mantiveram os preços estáveis -- Aracaju, Belém e Porto Alegre -- e quatro tiveram retração, sendo a maior em Belo Horizonte (-2,79%).
Preços das cestas em janeiro e variação em relação a dezembro por capital
Goiânia - R$ 199,71 (4,61%)
Salvador - R$ 185,77 (1,43%)
Florianópolis - R$ 213,23 (1,10%)
João Pessoa - R$ 171,97 (0,79%)
Recife - R$ 172,29 (0,57%)
Natal - R$ 186,72 (0,36%)
Manaus - R$ 216,53 (0,27%)
Rio de Janeiro - R$ 213,77 (0,19%)
Belém - R$ 204,62 (0,15%)
Curitiba - R$ 211,99 (0,07%)
Aracaju - R$ 169,13 (-0,03%)
Porto Alegre - R$ 236,55 (-0,43%)
Fortaleza - R$ 175,86 (-0,62%)
Vitória - R$ 217,20 (-0,86%)
São Paulo - R$ 225,02 (-1,39%)
Brasília - R$ 214,47 (-3,49%)
Belo Horizonte - R$ 205,69 (-3,87%)
Fonte: UOL

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