O
presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, defende que o ensino médio seja submetido
a uma avaliação censitária, e não por amostra como ocorre atualmente com a
Prova Brasil. O Ministério da Educação (MEC) estuda trocar a Prova Brasil pelo
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para calcular o Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb) do ensino médio.
“A
avaliação de o ensino médio migrar para o censitário é praticamente consensual
(dentro do MEC), o outro (estudo) ainda em debate é o da matriz, da migração do
Saeb/Prova Brasil para o Enem, esse está demandando mais estudos”, disse Costa
a jornalistas nesta quarta-feira, depois de participar de um seminário sobre
qualidade do ensino médio.
A
evolução do Ideb no ensino médio foi tímida – passou de 3,6 (2009) para 3,7
(2011). Considerando apenas a rede estadual, o indicador ficou estagnado em
3,4, sendo que no Distrito Federal e em nove Estados houve queda. O governo
nega que uma possível substituição da Prova Brasil pelo Enem na avaliação do
ensino médio tenha como objetivo “maquiar” os números.
“Os
resultados (da avaliação por amostra) são válidos, não há problema em trabalhar
com a amostra, mas você envolve mais a sociedade, a escola, os professores
quando você trabalha com a (avaliação) censitária, esses são resultados
preliminares que ainda serão avaliados”, afirmou Costa.
O
presidente do Inep pretende discutir o tema com secretários de Educação
estaduais antes de qualquer definição. Uma das preocupações é não perder a
série histórica projetada para os próximos anos – a meta do Ideb para 2021 é
5,2.
Durante
uma das mesas do debate, Costa considerou “muito interessante” a proposta de
usar o Enem como indicador de avaliação do ensino médio. “É possível numa mesma
prova avaliarmos o estudante e a escola? Estamos fazendo um estudo profundo, a
princípio, é muito interessante.”
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou a articulação entre disciplinas e a distribuição de tablets com projetor digital para professores como forma de tornar o ensino médio mais atraente para os estudantes. Segundo o ministro, o governo também discute com as operadoras a melhora no serviço de banda larga para as escolas. “Quando se olha o Ideb, estamos estabilizados, estabilidade em educação em um País como o Brasil é retrocesso, temos problema e não tem como deixar de encarar isso com coragem”, disse Mercadante. “É formando bons professores que vamos melhorar a qualidade da educação.”
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou a articulação entre disciplinas e a distribuição de tablets com projetor digital para professores como forma de tornar o ensino médio mais atraente para os estudantes. Segundo o ministro, o governo também discute com as operadoras a melhora no serviço de banda larga para as escolas. “Quando se olha o Ideb, estamos estabilizados, estabilidade em educação em um País como o Brasil é retrocesso, temos problema e não tem como deixar de encarar isso com coragem”, disse Mercadante. “É formando bons professores que vamos melhorar a qualidade da educação.”
Para o
ex-presidente do Inep João Batista Gomes, não se resolve um problema dessa
natureza em menos de 20 anos. “Tem de ter continuidade das políticas. Hoje, o
ensino médio é ineficiente, ineficaz, não dá pra resolvê-lo com uma geração”,
declarou.
FONTE: Portal Terra Educação
Nenhum comentário:
Postar um comentário