Após duas semanas de recesso do período junino, os
professores de escolas conveniadas vão voltar com uma boa notícia. Até a
próxima sexta-feira, a Portaria 640 da Secretaria Estadual de Educação será
republicada no Diário Oficial do Estado com algumas correções que vão legalizar
definitivamente os convênios entre as entidades filantrópicas e o Governo do
Estado, bem como a situação dos professores cedidos que foram excluídos do
aumento do piso nacional. A garantia foi dada ontem pela coordenadora de
Recursos Humanos da Seec, Ivonete Bezerra da Costa, adiantando que até o final
deste mês a situação dos professores que ficaram de fora do aumento será
regularizada.
Participaram da reunião com Ivonete representantes
da Associação de Orientação aos Deficientes (Adote), Federação das Associações
dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), Apae de Natal, Instituto de
Educação e Reabilitação dos Cegos (IERC), Clínica Heitor Carrilho e Centro
Suvag. Segundo Ivonete, a portaria 640 estabelece critérios para cessão de 1.104
professores estaduais para atuarem em instituições de educação ou de
assistência social, legalizando e regularizando uma situação que ano após ano
funcionava de forma irregular – mesmo trabalhando em instituições sem fins
lucrativos e que atendem as pessoas com deficiência e transtorno global do
desenvolvimento, conveniadas com a Seec. “Desde o primeiro momento a Seec está
tentando uma solução, porque a lei do piso determina que os professores que não
estejam na rede fiquem de fora do aumento. Temos consciência da importância
dessas instituições para a sociedade, mas não podíamos continuar com essa
situação ilegal”.
Os
professores da rede pública estadual que estão cedidos a convênio com entidades
filantrópicas receberam o último pagamento, sem o acréscimo dos 22% referentes
ao aumento do piso nacional do professores, como já era previsto. Muitos
professores têm reclamado de não receberem no contracheque a devolução
anunciada pela Seec dos valores pagos indevidamente referentes ao aumento do
piso. “A Portaria vai resolver agora de vez essa problemática criada pela Lei
Complementar que deixou margem para uma dúbia interpretação. Mas, independente
dos convênios serem firmados ou não, haverá a devolução dos valores aos
professores”, disse Ivonete. Para Willian Ferreira, presidente da
Federação das APAEs do Rio Grande do Norte, o resultado foi positivo para
solucionar os convênios e a situação dos professores que foram excluídos.
“Esses profissionais que estão cedidos a essas instituições são do Estado e das
escolas conveniadas e não é justo que fiquem de fora desse aumento já que estão
ativamente em sala de aula e prestando um relevante serviço à sociedade.
Confiamos que a Secretaria de Educação do Estado atenda, nessa portaria, os
anseios das escolas conveniadas e das famílias que têm filhos deficientes”,
disse ele.
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