Você está louco? Você perdeu o senso? Acorde! Você está no Brasil.
É cômico se não fosse trágico. Esta é uma realidade cruel e palpável. O receio de ser professor por parte da sociedade retrata fielmente o descaso com os profissionais da educação e com o próprio sistema educacional.
O sistema capitalista por si impõe um caráter de cunho imediatista e pragmático: fazer algo que proporcione renda, lucro e dinheiro. Por que não ser médico, juiz, engenheiro, por que não ser algo para ser alguém na vida?
Ora! É obvio se não fossem os professores, a educação formal, esses profissionais não existiriam. Quem os formariam então?
É uma atitude inconcebível e inaceitável. A primazia da educação indubitavelmente passa pela valorização dos professores em todos os aspectos, principalmente no que diz respeito a sua qualificação profissional e salarial.
Não podemos admitir o descaso do governo, sua visão míope e distorcida quanto aos problemas educacionais. A sociedade conclama por justiça, exigindo que seus filhos tenham condições de vislumbrar o futuro por meio de uma educação de qualidade, que os prepare para a vida e os tornem cidadãos do mundo.
Isto não é utopia, pesadelo ou devaneio, basta querer, acreditar, investir, criar programas e projetos transformando sonhos em realidade.
Tudo é uma questão de prioridade. As megaestruturas arquitetônicas são construídas para embelezar, encantar e elevar a imagem de tal ou qual político, consumindo somas exorbitantes do dinheiro publico. Contudo elas não podem ser mais importante do que a educação do que a elevação do nível cultural e intelectual dos cidadãos.
No entanto, se analisarmos tal postura por uma ótica política e filosófica, encontraremos uma explicação plausível que justifica o fato de um não investimento efetivo na educação. Vários são os pontos que podem ser elencados: não rende voto; não é visto nem tangível; dar cultura e conhecimento aos indivíduos impossibilita-os tornarem-se massa de manobra; não interessa ao governo ninguém pensando e sim obedecendo, rezando pelo seu catecismo; todo investimento em educação não tem resultado imediato, a não ser a longo prazo, coisa que não satisfaz ao pragmatismo político eleitoreiro.
Diante desse panorama de concepção e de aberrações das atitudes políticas não podemos ficar estáticos e engessados sem tomarmos uma posição de cunho libertário e democrático que nos apontem caminhos e formulem soluções para uma vida digna e saudável.
Amamos o que fazemos, fazemos o que gostamos, somos profissionais, outra coisa não gostaríamos de ser, a educação faz parte da nossa essência, é por isso que nos formamos, somos professores e com muito orgulho. Aqui estamos!
Não queira nos expulsar, não queira mudar nossa natureza... o que devem mudar são as ações governamentais, são as atitudes políticas. Queremos trabalhar de forma digna, queremos respeito, queremos simplesmente o que é nosso por direito.
Viva a educação!
Viva os professores!
Viva a nossa liberdade!
Severino Ramos de Araújo
Graduado em História pela UFRN
Professor do Centro educacional José Augusto
Caicó-RN, 10/03/2010
É cômico se não fosse trágico. Esta é uma realidade cruel e palpável. O receio de ser professor por parte da sociedade retrata fielmente o descaso com os profissionais da educação e com o próprio sistema educacional.
O sistema capitalista por si impõe um caráter de cunho imediatista e pragmático: fazer algo que proporcione renda, lucro e dinheiro. Por que não ser médico, juiz, engenheiro, por que não ser algo para ser alguém na vida?
Ora! É obvio se não fossem os professores, a educação formal, esses profissionais não existiriam. Quem os formariam então?
É uma atitude inconcebível e inaceitável. A primazia da educação indubitavelmente passa pela valorização dos professores em todos os aspectos, principalmente no que diz respeito a sua qualificação profissional e salarial.
Não podemos admitir o descaso do governo, sua visão míope e distorcida quanto aos problemas educacionais. A sociedade conclama por justiça, exigindo que seus filhos tenham condições de vislumbrar o futuro por meio de uma educação de qualidade, que os prepare para a vida e os tornem cidadãos do mundo.
Isto não é utopia, pesadelo ou devaneio, basta querer, acreditar, investir, criar programas e projetos transformando sonhos em realidade.
Tudo é uma questão de prioridade. As megaestruturas arquitetônicas são construídas para embelezar, encantar e elevar a imagem de tal ou qual político, consumindo somas exorbitantes do dinheiro publico. Contudo elas não podem ser mais importante do que a educação do que a elevação do nível cultural e intelectual dos cidadãos.
No entanto, se analisarmos tal postura por uma ótica política e filosófica, encontraremos uma explicação plausível que justifica o fato de um não investimento efetivo na educação. Vários são os pontos que podem ser elencados: não rende voto; não é visto nem tangível; dar cultura e conhecimento aos indivíduos impossibilita-os tornarem-se massa de manobra; não interessa ao governo ninguém pensando e sim obedecendo, rezando pelo seu catecismo; todo investimento em educação não tem resultado imediato, a não ser a longo prazo, coisa que não satisfaz ao pragmatismo político eleitoreiro.
Diante desse panorama de concepção e de aberrações das atitudes políticas não podemos ficar estáticos e engessados sem tomarmos uma posição de cunho libertário e democrático que nos apontem caminhos e formulem soluções para uma vida digna e saudável.
Amamos o que fazemos, fazemos o que gostamos, somos profissionais, outra coisa não gostaríamos de ser, a educação faz parte da nossa essência, é por isso que nos formamos, somos professores e com muito orgulho. Aqui estamos!
Não queira nos expulsar, não queira mudar nossa natureza... o que devem mudar são as ações governamentais, são as atitudes políticas. Queremos trabalhar de forma digna, queremos respeito, queremos simplesmente o que é nosso por direito.
Viva a educação!
Viva os professores!
Viva a nossa liberdade!
Severino Ramos de Araújo
Graduado em História pela UFRN
Professor do Centro educacional José Augusto
Caicó-RN, 10/03/2010
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