Toda instituição que se preze, fundamenta-se em princípios éticos e morais, tendo em sua estrutura básica a defesa de uma classe ou de uma categoria.
O poder de autonomia política de qualquer entidade social, não reside simplesmente na liberdade de seus dirigentes, mas principalmente na força sinérgica de todos seus membros ou associados, razão última de sua existência. No entanto, no momento em que esta entidade perde suas credencias e o crédito de quem os elegeu, automaticamente perde também sua legitimidade e identidade existencial.
A categoria dos professores da educação pública do RN, nos últimos anos tem sido acossada por uma série de incidentes no que diz respeito as suas lutas reivindicatórias, exibindo um palco de desânimo e desalento, o que nos deixam numa situação extremante debilitada, frente ao sistema opressor e descomprometido com as causas político-educacionais.
A educação é a condição fundamental de qual quer prática libertadora, entretanto é difícil pressupor uma liberdade social, se seus agentes, sujeitos desse processo são impedidos ou desmobilizados de efetivarem democraticamente a realização formal de seus direitos.
Ultimamente, as recentes greves que vem sendo deflagradas, tem deixado os professores e os vários segmentos educacionais em situações bastante desconfortáveis e constrangedoras, tendo em vista os péssimos resultados obtidos nos processo reivindicatórios.
Precisamos intervir urgentemente na estrutura político-ideologica deste sindicato pelego, que ao invés de dar suporte a luta dos trabalhadores da educação, formalizam bases e costuram alianças espúrias com as facções governamentais. Não se podem servir a dois senhores ao mesmo tempo. Exigimos definição, transparência e objetividade.
Uma entidade sindical não é feita para si, nem por si se sustenta, sua base de sustentação e conformação, alicerça-se na vontade coletiva, no direito real e democrático de seus associados.
A falta de perspectiva e de esperança dos educadores é fato notório. Para quem apelar? O próprio sindicato não impera, não impõe confiança, configurando um clima sombrio e desolador.
Em quem confiar? Escolas transformam-se em entulhos, desmoronam-se, colocando em risco a vida de todos, inclusive crianças. Professores desmotivados, impotentes, salários humilhantes, direitos sonegados, licenças impedidas, piso salarial ignorado, estatuto desrespeitados, sentimentos de derrota, um panorama perfeito para um filme de terror.
Qual o futuro da nossa juventude? Existe futuro sem educação? A greve terminou, os educadores retornam as escolas como bois ao matadouro.O mês de março termina, efetiva-se o pagamento: o que e quanto iremos receber ? Reclamar o que? A greve terminou! Quem sustenta o que desaba? O que desaba quem sustenta?
Severino Ramos de Araújo
Graduado em História pela UFRN
Professor do Centro educacional José Augusto
Caicó-RN, 26/03/2010
O poder de autonomia política de qualquer entidade social, não reside simplesmente na liberdade de seus dirigentes, mas principalmente na força sinérgica de todos seus membros ou associados, razão última de sua existência. No entanto, no momento em que esta entidade perde suas credencias e o crédito de quem os elegeu, automaticamente perde também sua legitimidade e identidade existencial.
A categoria dos professores da educação pública do RN, nos últimos anos tem sido acossada por uma série de incidentes no que diz respeito as suas lutas reivindicatórias, exibindo um palco de desânimo e desalento, o que nos deixam numa situação extremante debilitada, frente ao sistema opressor e descomprometido com as causas político-educacionais.
A educação é a condição fundamental de qual quer prática libertadora, entretanto é difícil pressupor uma liberdade social, se seus agentes, sujeitos desse processo são impedidos ou desmobilizados de efetivarem democraticamente a realização formal de seus direitos.
Ultimamente, as recentes greves que vem sendo deflagradas, tem deixado os professores e os vários segmentos educacionais em situações bastante desconfortáveis e constrangedoras, tendo em vista os péssimos resultados obtidos nos processo reivindicatórios.
Precisamos intervir urgentemente na estrutura político-ideologica deste sindicato pelego, que ao invés de dar suporte a luta dos trabalhadores da educação, formalizam bases e costuram alianças espúrias com as facções governamentais. Não se podem servir a dois senhores ao mesmo tempo. Exigimos definição, transparência e objetividade.
Uma entidade sindical não é feita para si, nem por si se sustenta, sua base de sustentação e conformação, alicerça-se na vontade coletiva, no direito real e democrático de seus associados.
A falta de perspectiva e de esperança dos educadores é fato notório. Para quem apelar? O próprio sindicato não impera, não impõe confiança, configurando um clima sombrio e desolador.
Em quem confiar? Escolas transformam-se em entulhos, desmoronam-se, colocando em risco a vida de todos, inclusive crianças. Professores desmotivados, impotentes, salários humilhantes, direitos sonegados, licenças impedidas, piso salarial ignorado, estatuto desrespeitados, sentimentos de derrota, um panorama perfeito para um filme de terror.
Qual o futuro da nossa juventude? Existe futuro sem educação? A greve terminou, os educadores retornam as escolas como bois ao matadouro.O mês de março termina, efetiva-se o pagamento: o que e quanto iremos receber ? Reclamar o que? A greve terminou! Quem sustenta o que desaba? O que desaba quem sustenta?
Severino Ramos de Araújo
Graduado em História pela UFRN
Professor do Centro educacional José Augusto
Caicó-RN, 26/03/2010
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