Terceirização ampla
com versão ainda mais prejudicial é aprovada
Em
uma noite triste para os trabalhadores, a Câmara dos Deputados aprovou uma
versão ainda pior do projeto de terceirização ampla, geral e irrestrita para
todos os setores das empresas privadas.
Com 230 votos
favoráveis, 203 contrários e quatro abstenções a Câmara dos Deputados aprovou,
na noite desta quarta-feira (22), uma emenda aglutinativa que tornou o projeto
de lei 4330 ainda pior. Em relação ao projeto anterior os destaques aprovados
só beneficiam os empresários e prejudicam fortemente o trabalhador.
Na versão anterior
do projeto, para demitir um funcionário direto e contratar um terceirizado para
a função, era preciso um prazo de 24 meses. Com as modificações aprovadas agora
a empresa pode fazer a operação em 12 meses. Pela versão anterior, a empresa
contratante era solidária em relação aos direitos trabalhistas do funcionário
terceirizado. Agora, a empresa contratante só terá que pagar estes direitos se
os bens da empresa de aluguel de mão de obra não forem suficientes para tal. Ou
seja, um processo infinito que fará os trabalhadores esperarem anos para
receberem o Fundo de Garantia, férias e outros direitos básicos. Também foi
retirado do projeto o texto que garantia aos funcionários terceirizados os
mesmos direitos dos funcionários diretos, como plano de saúde, etc. O que já
era muito ruim, foi transformado por Eduardo Cunha e aliados em um pesadelo
para os trabalhadores. Votaram a favor em peso, o PSDB, o PMDB e o DEM. Os
tucanos, que durante a semana ameaçaram voltar atrás no apoio ao projeto, foram
“convencidos” pelos empresários. A liderança do Governo orientou o voto contra.
Votaram contra, em peso, as bancadas do PCdoB, PT, PSOL e PDT. O PSB, apesar de
ter orientado o voto contra, se dividiu.
Assalto
aos trabalhadores
Para o presidente
da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo, a
decisão da Câmara dos Deputados foi “um assalto à classe trabalhadora e ao povo
brasileiro”.
Em declarações ao
Portal Vermelho, o sidicalista afirmou que “foi um atentado à democracia, ao
direito do trabalho, à CLT”. O líder da CTB denunciou que “o parlamento acabou
de rasgar a Carteira de Trabalho, no maior ato de traição à nação e a mais de
50 milhões de famílias brasileiras”.
Os
inimigos da classe
É preciso que se
espalhe entre os trabalhadores os nomes de todos os inimigos da classe que
atraiçoaram o povo e querem impor à imensa maioria dos brasileiros um
retrocesso de mais de 60 anos na legislação trabalhista. Caso o projeto seja
aprovado em definitivo, a exploração será ainda mais brutal. Demissões de
trabalhadores com carteira acontecerão em um número recorde e depois estes
trabalhadores só conseguirão emprego em firmas terceirizadas, com salários
aviltantes e sem garantias trabalhistas reais. O nefando projeto vai agora para
o Senado, depois volta para a Câmara para finalmente ser enviado à sanção ou
veto da presidenta Dilma Rousseff. Barrar este retrocesso exige uma mobilização
massiva e o primeiro passo é divulgar os nomes de todos os que votaram a favor
da emenda aglutinativa e portanto contra o povo.
ORIENTAÇÃO POR
BANCADA
PMDB
/PP / PTB / PSC/ PHS/ PEN : Sim
PT
: Não
PSDB
:Sim
PRB
/PTN /PMN /PRP /PSDC /PRTB /PTC /PSL /PTDOB : Não
PSD
: Liberado
PR
: Liberado
PSB
: Não
DEM
: Sim
PDT
: Não
Solidariede
: Sim
PCdoB
: Não
PROS
: Não
PPS
: Sim
PV
: Não
PSOL
: Não
Minoria
: Sim
Liderança
do Governo : Não
(Fonte:
http://www.vermelho.org.br/noticia,
publicado em 22 de abril de 2015)
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