REFLEXÃO
POÉTICA DE UM PROFESSOR
(De: Professor Severino Ramos)
O governo de Rosalba
Não passa de encenação
Maqueia toda verdade
Sobre nossa educação
Todo tijolo que cai
Destrói uma geração.
A greve vai começar
Pelo bem da educação
Não existe outra saída
Pra nossa agremiação
Ou senão vamos esperar
Uma outra encarnação.
O professor está cansado
De tanta bifurcação
O governo já demonstrou
Não ter uma direção
O que diz não se escreve
Não merece louvação.
Plano, carreira e salário
Foi mais uma gozação
O vento dessas promessas
Não passou de um furacão
Arrasando os nossos sonhos
E toda corporação.
Toda greve deflagrada
O governo entra em ação
Convoca a promotoria
Pra decidir a questão
A falta de compromisso
E o fim da educação.
Governo e promotoria
Tem um quê de comunhão
Quando um toca o outro afina
No mesmo diapasão
A educação descarrilhada
Descendo na contramão.
Todo professor exerce
A mais nobre profissão
Médico, juiz, promotor
Passaram por suas mãos
Quanto a questão do salário
Não me pergunte a razão.
Foi a Arena das Dunas
Que chamou mais a tenção
Gastou-se muito dinheiro
E faltou para a educação,
Nunca foi prioridade
Viva a nossa SELEÇÃO.
São Gonçalo Aeroporto
Onde se baixa avião
Ele baixou mais subiu
Levando nosso milhão
E o resto que sobrou
Ficou para o mensalão.
Ignorância é a trave
E a cegueira da visão
Por isso não se investe
Numa boa educação
Ela é muito perigosa
Compromete uma eleição.
Um pais que tem futuro
E um foco de visão
Segue o exemplo de líderes
Coreia, China e Japão
Valorizando o seu povo
Por meio da educação.
A educação é a chave
Pra nossa libertação
O farol dos marinheiros
Na imensa escuridão
A ponte que liga a vida
Pra uma nova nação.
Pra se votar num político
Não precisa discussão
Depois de uma chapa pronta
É só número e marcação
O imbecil que vai votar
Não precisa de lição.
Depois que forem eleitos
Vem aquela animação
A festa será regada
Com whisky e camarão
O pobre desconfiado,
Cachaça pura e limão.
Meus queridos professores
Colegas de profissão
Vamos unir nossas forças
Para vencer o dragão
Um enxame de abelhas
Prolifera o seu ferrão.
A minha ética filosófica
Nesta longa explicação
Um poema muito simples
Pra uma reflexão
Deste humilde professor
Que se orgulha da função.
Desculpe minha ousadia
Do poema ou do refrão
Pois eu nunca fui poeta
Professor por vocação
No entanto esse salário
Nos mata do coração.
Natal, 25de janeiro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário