O PNE tem que
destinar verbas públicas para a educação pública
Nos dias 29 e 30, a
CNTE reuniu o Conselho Nacional de Entidades que debateu, entre outros
assuntos, a aprovação do texto-base do Plano Nacional de Educação. Na mesa de
discussão, foi feito um histórico das ações da CNTE e relatadas informações
sobre a articulação com as demais entidades e com os deputados, assim como os
embates nos momentos de votação.
Também foram
organizadas ações para a próxima semana, quando serão votados dois destaques –
o que retira a possibilidade de investir 10% do PIB em programas como Prouni e
Fies, referentes ao ensino privado, restringindo o financiamento à educação
pública; e o que trata da complementação do custo aluno qualidade pela União.
Para a secretária
geral da CNTE, Marta Vaneli, o que foi aprovado não é o projeto ideal: “O
primeiro relatório da Câmara foi o que mais se aproximou das nossas emendas,
foi o Senado que incluiu o § 4 do art 5º e a estratégia 7.36, que instala a
merotocracia nas escolas, por exemplo”. O primeiro texto também previa a
complementação pelo governo do custo aluno, retirada no atual. Ainda assim,
Marta afirma que houve muitos avanços: “O PNE vai potencializar as pautas de
reivindicação dos sindicatos e será um importante instrumento de luta dos
trabalhadores/as em educação para melhorar a educação e para valorizar os
salários”.
Segundo o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, o desafio agora é garantir o investimento dos recursos do PNE na educação pública sem abrir espaço para que o dinheiro financie a educação privada: “Semana que vem estaremos mais uma vez no Congresso acompanhando a votação dos destaques. Nós queremos 10% da educação pública para a escola pública e não em atividades como bolsa de estudo em faculdades particulares. Também temos a luta histórica para aumentar o investimento com o custo aluno qualidade, mas o governo federal é resistente a fazer repasse”.
Segundo o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, o desafio agora é garantir o investimento dos recursos do PNE na educação pública sem abrir espaço para que o dinheiro financie a educação privada: “Semana que vem estaremos mais uma vez no Congresso acompanhando a votação dos destaques. Nós queremos 10% da educação pública para a escola pública e não em atividades como bolsa de estudo em faculdades particulares. Também temos a luta histórica para aumentar o investimento com o custo aluno qualidade, mas o governo federal é resistente a fazer repasse”.
Leão lembra que a
votação foi muito importante, apesar de atrasada: “Antes tarde do que nunca.
Votou-se um texto que traz avanços e que poderia ser melhor, mas vamos
continuar lutando para que seja melhorado. Agora estados e municípios não têm
mais a desculpa de não ter plano porque não há um parâmetro nacional. O PNE
existe e a categoria tem que se envolver no processo de discussão dos planos
locais, buscando construir a educação de qualidade que o Brasil merece”.
Confira aqui uma
apresentação sobre avanços, preocupações e intervenção social da CNTE
com relação ao Plano Nacional de Educação.
(Publicado no site http://www.cnte.org.br no dia 30 Maio 2014)
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