sem reposição
do desconto ilegal não haverá reposição de aulas
Os profissionais
que tiveram seus salários descontados ilegalmente pelo Governo não devem repor
as aulas até que a determinação judicial seja cumprida pelo Governo. Essa foi a
decisão da Assembleia que encerrou a greve.
O anúncio do
recurso judicial contra a decisão do TJ/RN e o não cumprimento das
reivindicações dos funcionários da educação chegou a pesar em favor da
continuidade da greve, mas a maioria da assembleia entendeu que se o movimento
fosse prolongado ficaria enfraquecido já que a adesão dos funcionários foi
muito baixa e em muitas escolas os educadores anunciaram que iriam voltar às
aulas independente da decisão da assembleia.
Para o coordenador
geral do Sinte/RN, José Teixeira, a categoria decidiu acertadamente. Ele avalia
que o recurso judicial do Governo não tem base jurídica e era na verdade uma
armadilha. “A tendência do Judiciário é fazer cumprir a Lei em favor dos
educadores. A Secretária sabe disso, mas queria enfraquecer nossa luta para
tentar fazer realizar sua profecia sem noção de que a greve morreria por
inanição. Não caímos nessa”, destaca José Teixeira.
A diretora de
assuntos jurídicos Vera Messias lembra que a medida protelatória do Governo não
anula a decisão do TJ/RN e que ela terá que pagar, do próprio bolso, uma multa
diária de R$ 1.000,00 a partir de hoje. “A Assessoria Jurídica está priorizando
essa batalha no âmbito do Judiciário. A defesa será feita com firmeza mesmo com
a suspenção da greve”, informa.
A coordenadora
Fátima Cardoso se solidarizou com as vítimas da truculência do governo Rosalba
e parabenizou a categoria pela decisão: “É preciso ter a coragem de começar e
resistir e a responsabilidade de saber a hora de parar. A categoria fez tudo no
tempo exato, por isso sai da greve com a cabeça erguida, conquistas históricas
e ainda o apoio da sociedade e as condições para reverter as sandices do Governo”,
afirma.
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