A conquista por mais espaço para as mulheres em condições igualitárias passa por mais acesso a cargos de decisão dentro do próprio movimento sindical. As demandas das mulheres devem ser incorporadas na pauta pública, pois elas “são sujeitos autônomos com capacidade para dialogar com os vários segmentos da sociedade em níveis nacional e internacional, bem como exigir a inclusão da perspectiva de gênero nas policias públicas", definiu Maria Teresa Cabrera, da Executiva da IE.
A avaliação foi
feita durante o Painel “Mullher, política, poder e organização”, durante a
tarde do segundo dia de encontro da Rede de Trabalhadoras da Educação da
América Latina. Segundo Cabrera, é necessário que se faça primeiro o dever de
casa: “Por isso é fundamental que a IE propicie e contribua para que entidades
filiadas determinem políticas para elevar a participação das mulheres".
Cabrera fez uma
autocrítica em relação ao movimento sindical e reforçou que o trabalho da IE é
importante para que as organizações sindicais comecem a dar o exemplo.
"Porque temos de ser coerentes. Se vamos reclamar em nível de governo e da
sociedade a participação das mulheres, temos de dar o exemplo. Não podemos
reclamar de algo que não fizemos em nosso espaço", concluiu.
Para Estela Diaz,
secretária da mulher da Central de Trabalhadores da Argentina, CTA, as mulheres
ainda precisam disputar espaços dentro dos sindicatos. Ela fez uma ampla
análise do atual momento social e político da América Latina. Para Estela, “a
autonomia das mulheres está ligada ao trabalho digno e de qualidade”.
De acordo com
Estela, é preciso buscar uma sociedade mais humanista, baseada no valor das
pessoas com espaço para as trabalhadoras. "Acredito que vivemos um
contexto de mudanças no mundo do trabalho com profundas transformações que
desafiam, de forma especial, nós trabalhadoras e o próprio movimento
sindical", disse.
Durante os debates,
a plenária fez várias intervenções defendendo mais espaço para as mulheres
dentro de entidades sindicais. A avaliação é que as mulheres dominam e ocupam
praticamente 100% dos espaços nas unidades sindicais e pedagógicas de base dos
sindicatos, “mas quando se chega ao nível de diretoria o número cai bastante e,
quanto ao comitê executivo, o nível de participação é incomparavelmente menor”,
disse Cabrera.
(Fonte: http://www.cnte.org.b, publicado em 17 Setembro 2014)
(Fonte: http://www.cnte.org.b, publicado em 17 Setembro 2014)
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