“Não
podemos permitir retrocessos”
Por Jacy Afonso
Quero, nesse dia em que Paulo Freire
completaria 93 anos, prestar-lhe a merecida homenagem. Quero também refletir
sobre os avanços conquistados pela luta das trabalhadoras e trabalhadores em
educação juntamente com parcela significativa da população organizada e sobre a
importância da percepção sobre o momento crucial da conjuntura brasileira.
O
Governo brasileiro nos últimos 12 anos, com seus programas sociais, resgatou
milhares e milhares de pessoas da pobreza extrema e incluiu nas escolas milhões
de crianças e adolescentes. Garantiu questões importantes com a aprovação do
Plano Nacional de Educação e com a destinação de parcela significativa dos recursos
do pré-sal para a educação (...).
Porém, nesta eleição para a
Presidência da República a democratização da educação e os recursos a ela
destinados estão em jogo. Não podemos permitir retrocessos. É inadmissível que
em nome de compromissos de campanha assumidos com banqueiros e produtores de
cana-de-açúcar, escondidos pela cortina de fumaça da defesa do meio ambiente, a
produção do pré-sal seja diminuída e, em consequência, os recursos para a
educação se tornem exíguos.
Está claro que a candidata à reeleição, a
presidenta Dilma Rousseff é a garantia da destinação dos recursos previstos
para a educação e dos avanços ainda necessários para nossa educação se
aproximar daquela que sonhava Paulo Freire.
E mais que isso, ela afirma que a
educação terá primazia em seu próximo mandato. Diz que a "política
educacional atual que busca de forma integrada melhorar todos os níveis de
ensino, da creche até a pós-graduação" terá cinco prioridades: Colocar as
crianças desde cedo nas creches e nas pré-escolas; alfabetizá-las na idade
certa; expandir o ensino de tempo integral; ampliar o acesso dos jovens ao
ensino superior e profissionalizante e valorizar o professor. As portas do
futuro estão abertas com a garantia - dada por lei – de que grande parte das
riquezas geradas pelo petróleo no pré-sal sejam investidas na educação. Com
Dilma Presidenta a política educacional global, integral e inclusiva para que
todos os brasileiros de todas as classes sociais tenham acesso à educação de
qualidade está afiançada.
As valiosas reflexões de Paulo Freire
sobre a libertação dos oprimidos pela educação pública, laica e de qualidade,
nos convoca a tomar uma posição clara e corajosa nessas eleições. Afinal, as
educadoras e os educadores do Brasil querem avanços ou querem retrocessos? É o
momento de dar essa resposta reelegendo Dilma Presidenta.
Brasília, 19 de
setembro de 2014
(Adaptado
de “Paulo Freire: Educação para a consciência”, Publicado em 24 Setembro de 2014 no site http://www.cnte.org.br)
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