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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MULHER, POLÍTICA, PODER E ORGANIZAÇÃO

Rede de Trabalhadoras da América Latina se reúne em Pernambuco
                      
Nos dias 16 a 19 de setembro, Recife/PE recebe a Conferência da Rede de Trabalhadoras da América Latina – IEAL, com a presença de cerca de 300 trabalhadores da educação da Confederação Nacional do Trabalhadores em educação (CNTE), do Proifes - Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), entidades afiliadas à Internacional da Educação. Com o tema Mulher, política, poder e organização, a rede de mulheres quer trocar experiências em busca de igualdade e equidade.
Na abertura haverá um ato público em frente à escultura de Paulo Freire, que foi inaugurada no ano passado na Universidade Federal do estado durante o Movimento Pedagógico Latino-americano, em comemoração ao aniversário de nascimento do educador, dia 19 de setembro.
A Secretária de Relações Internacionais da CNTE e vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva, conta que a programação inclui debates e painéis sobre política sindical, poder, gênero e paridade. “O objetivo é fortalecer cada vez mais os laços das mulheres trabalhadoras da educação de toda a América Latina, permitindo a consolidação cada vez maior da rede, que existe há 10 anos”. Segundo ela, o evento será um marco para o fortalecimento do movimento de mulheres em toda a região.
O encontro vai abordar também os contrastes vividos pela mulher no mercado de trabalho. Segundo Fátima, mais de 80% dos trabalhadores da educação básica na América Latina são mulheres, professoras e funcionárias. Mas só uma minoria ocupa cargos de poder: "As mulheres têm sido relevadas a um papel secundário. Quando nós vamos aos postos de decisão, ministérios de educação, secretarias estaduais e municipais de educação e também direções de escolas e sindicatos, há uma certa inversão, os postos são ocupados, em sua maioria, por homens, que acabam recebendo um salário maior já que o cargo garante essa gratificação. Exigimos igualdade em todos os aspectos, no mercado de trabalho, na vida. Acreditamos que temos de ter políticas reparadoras, como cotas. A questão da paridade na CUT e na própria na CNTE é uma forma de garantir espaço e condições às mulheres para alcançar o poder, sendo uma pauta permanente da rede de mulheres trabalhadoras de educação”.


(Fonte: http://www.cnte.org.br, Publicado em 12 Setembro 2014)

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