Rede de Trabalhadoras da América Latina se reúne em Pernambuco
Nos dias 16 a 19 de
setembro, Recife/PE recebe a Conferência da Rede de Trabalhadoras da América
Latina – IEAL, com a presença de cerca de 300 trabalhadores da educação da
Confederação Nacional do Trabalhadores em educação (CNTE), do Proifes -
Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino
Superior e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Ensino (Contee), entidades afiliadas à Internacional da Educação. Com o tema
Mulher, política, poder e organização, a rede de mulheres quer trocar
experiências em busca de igualdade e equidade.
Na abertura haverá
um ato público em frente à escultura de Paulo Freire, que foi inaugurada no ano
passado na Universidade Federal do estado durante o Movimento Pedagógico Latino-americano,
em comemoração ao aniversário de nascimento do educador, dia 19 de setembro.
A Secretária de
Relações Internacionais da CNTE e vice-presidente da Internacional da Educação
para a América Latina, Fátima Silva, conta que a programação inclui debates e
painéis sobre política sindical, poder, gênero e paridade. “O objetivo é
fortalecer cada vez mais os laços das mulheres trabalhadoras da educação de
toda a América Latina, permitindo a consolidação cada vez maior da rede, que
existe há 10 anos”. Segundo ela, o evento será um marco para o fortalecimento
do movimento de mulheres em toda a região.
O encontro vai
abordar também os contrastes vividos pela mulher no mercado de trabalho.
Segundo Fátima, mais de 80% dos trabalhadores da educação básica na América
Latina são mulheres, professoras e funcionárias. Mas só uma minoria ocupa
cargos de poder: "As mulheres têm sido relevadas a um papel secundário.
Quando nós vamos aos postos de decisão, ministérios de educação, secretarias
estaduais e municipais de educação e também direções de escolas e sindicatos,
há uma certa inversão, os postos são ocupados, em sua maioria, por homens, que
acabam recebendo um salário maior já que o cargo garante essa gratificação.
Exigimos igualdade em todos os aspectos, no mercado de trabalho, na vida.
Acreditamos que temos de ter políticas reparadoras, como cotas. A questão da
paridade na CUT e na própria na CNTE é uma forma de garantir espaço e condições
às mulheres para alcançar o poder, sendo uma pauta permanente da rede de mulheres
trabalhadoras de educação”.
(Fonte: http://www.cnte.org.br,
Publicado em 12 Setembro 2014)
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