Cerca
de 7,5 milhões de brasileiros disseram “sim” ao Plebiscito Popular por uma
Constituinte Exclusiva e Soberana – o que representa 97,05% dos votos feitos em
urnas por todo o País, instaladas durante a Semana da Pátria (1 a 7 de
setembro). A organização da campanha pretende entregar as assinaturas aos
presidentes dos três poderes, em um ato público a ser realizado em Brasília,
nos dias 14 e 15 de outubro.
Planejada
com apoio da CUT e da CNTE por 70 entidades dos movimentos sociais de todo o
País, a campanha nacional quer ampliar a participação e representação popular.
O Plebiscito Popular luta por uma Assembleia Constituinte que será
exclusivamente eleita e terá poder soberano para mudar o Sistema Político
Brasileiro. “Levando em consideração a voz contrária e a mídia tradicional que
não deu espaço, como se esse debate não tivesse a mínima importância, mostramos
que o Brasil está apto para ter uma constituinte nova”, avaliou o presidente
nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. Para ele,
conseguir quase 8 milhões de assinaturas, tendo como obstáculo a blindagem da
mídia e um baixo orçamento, foi um resultado espetacular.
O
sindicalista comparou a votação com o Plebiscito realizado na Escócia, sobre a
separação do Reino Unido, onde 4 milhões de pessoas participaram, ou seja, a
metade do Plebiscito Constituinte.
Mais
de 40 mil urnas foram espalhadas por todo o território nacional, registrando
6.009.594 votos. Além disso, 1.744.872 pessoas participaram da votação pela
plataforma virtual. A coordenadora da campanha Paola Estrada disse que o número
de votos virtuais poderia ter sido ainda mais expressivo. Durante o período de
votação, o site registrou mais de 5 milhões de acesso, entretanto sofreu
ataques e tentativas de hackeamento, que atrapalharam a finalização de muitos
votos.
Para
João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento Sem Terra (MST), mais do
que uma consulta, o plebiscito é fruto de manifestação, de protesto e de luta.
Para ele, o instrumento deu uma injeção de ânimo no grupo para realizar uma
grande plenária com militantes e movimentos sociais em Brasília, no próximo
mês.
Rodrigues
diz que o ato será a oportunidade de fazer uma organização de campanha
politico-pedagógica, debatendo com a sociedade a importância de se fazer a
reforma política. “Essa reforma vai privilegiar os trabalhadores, os sem terra,
as mulheres, os homossexuais. Enfim, todos aqueles que não se sentem representados
na política”, completou.
Os
votos contrários não chegaram a 200 mil. Brancos (0,20%) e nulos (0,17%) somados
ficaram abaixo de 30 mil votos.
(Fonte:
http://www.cnte.org.br, publicado 27 Setembro 2014, com informações da Agência
PT de Notícias, 24/09/2014)
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