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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Começou nesta quarta-feira, 21, em Caracas, capital da República Bolivariana da Venezuela, o 3º Encontro Sindical Nossa América (ESNA). A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, integrante do Grupo de Trabalho organizador do Encontro confirma a presença de cerca de 300 delegados internacionais e 200 venezuelanos.
Após as duas primeiras edições, realizadas em Quito (Equador) e São Paulo (Brasil), nos anos de 2008 e 2009, respectivamente, a 3ª edição do ESNA terá como mote a ideia de que 200 anos depois, a unidade ainda é o caminho, em referência às comemorações do bicentenário de independência de diversos países do continente.
O Encontro aprovará uma declaração de princípios do sindicalismo classista latino-americano e analisará, de acordo com informes nacionais e regionais, a situação e a luta dos trabalhadores em todo o mundo. Como se sabe, os últimos meses têm sido marcados pela intensificação das lutas de classes dos trabalhadores contra a exploração capitalista e pelo aumento da consciência antiimperialista dos povos.
Espera-se que o 3º Encontro Nossa América aprove a criação de um instituto voltado para a formação, pesquisa e assistência técnica, capaz de subsidiar os trabalhadores e as trabalhadoras de todo o continente americano.
No encerramento do Encontro, dia 24, aniversário natalício do Libertador Simon Bolívar, será feita homenagem a este grande lutador pela causa da independência e da unidade dos povos das Américas.
Nesta quarta-feira teve lugar um ato em homenagem à Federação Sindical Mundial pelo transcurso do 65º aniversário de fundação dessa entidade do sindicalismo classista internacional. O ato político foi uma iniciativa da União Nacional de Trabalhadores (Unete) e contou com a participação de cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras de todo o continente, reunidos na capital do país por conta da terceira edição do Encontro Sindical Nossa América (Esna).
Diversos dirigentes da CTB acompanharam a homenagem. O secretário de Relações Internacionais adjunto da entidade, João Batista Lemos, fez parte da mesa que conduziu os trabalhos. “Foi uma bela homenagem, condizente com a importância dos 65 anos de existência da FSM”, afirmou.
O coordenador-geral do Esna, Juan Castillo, também fez questão de saudar toda a luta travada pela FSM ao longo de seus 65 anos. “Esse reconhecimento da Unete é primordial, pois valoriza a luta anticapitalista e antiimperialista travada pelos companheiros que já passaram pela FSM”, afirmou. “Neste ano em que diversos países latino-americanos comemoram o bicentenário de sua independência, podemos dizer que estamos aqui para conquistar a real libertação de nossas pátrias”, concluiu.
Pedro Suarez, dirigente da Unete, destacou o passado e o presente de luta da FSM, ao abordar seu papel na luta pelas mudanças e a busca pela unidade entre os trabalhadores. “Ao contrario do tipo de sindicalismo que existia no passado, hoje podemos participar ativamente das mudanças em curso”, afirmou.
65 anos
Fundada em 3 de outubro de 1945, a Federação Sindical Mundial nasceu com a responsabilidade de representar 67 milhões de trabalhadores em todo o mundo, com membros de 56 organizações nacionais de 55 países, além de 20 organizações internacionais.
Atualmente, a FSM representa 72 milhões de trabalhadores em todo o mundo. Durante a homenagem desta quarta-feira, seu secretário-geral, George Mavrikos, afirmou que a celebração não era apenas algo para relembrar o passado do movimento sindical classista, mas sim para reafirmar a luta dos trabalhadores por novos caminhos, rumo a um futuro mais justo.
Em sua página na internet, a FSM define uma série de palavras como fundamentais para a atuação da entidade atualmente: análise, unidade, ação, luta, democracia, solidariedade, independência e coordenação. Fiel a essa linha, Mavrikos criticou o papel que vem sendo desempenhado atualmente pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e suas escolhas, cada vez mais distantes das prioridades dos trabalhadores.
“Enviamos desde Caracas nossa saudação aos povos que lutam contra os imperialistas norte-americanos e europeus. Nós, da FSM, seguiremos desmascarando o papel da CSI, que tem atuado no sentido de apoiar os governos imperialistas e critica aqueles que são progressistas”, afirmou.
Segundo o secretário-geral da FSM, a entidade seguirá lutando pelo caminho que considera mais indicado para combater o imperialismo: o da unidade. Com esse espirito, convocou os trabalhadores de todo o mundo a fazer parte do próximo congresso da entidade, a ser realizado em abril de 2011, na Grécia. "Podemos, no próximo congresso, dar um grande passo em nossa luta, que é a de um mundo sem exploração, um mundo socialista, no qual todos tenham endereço e possam sonhar por um amanha melhor, com saúde, educação e cultura", arrematou.

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