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todo o Brasil o povo diz não ao golpe, em SP foram 60 mil
Milhares de pessoas foram às ruas nesta sexta-feira (13), em todos os estados do país e no DF, para defender a democracia. Na cidade de São Paulo nem mesmo a forte chuva que caiu abalou os que chegavam à Avenida Paulista, palco de grandes atos políticos. Cerca de 60 mil manifestantes defenderam a Petrobras e a legalidade constitucional do mandato de Dilma Rousseff.
(Por Laís Gouveia)
A concentração do ato ocorreu às 15 horas em frente
à sede da Petrobras. A manifestação fechou os dois sentidos da Avenida Paulista
e seguiu sua trajetória no rumo das ruas do centro da cidade, somando milhares
de pessoas durante o percurso. Dezenas de entidades que compõem os movimentos
sociais aderiram à manifestação. Professores que faziam assembleia no vão do
Masp, por exemplo, também foram ao encontro do ato.
O
presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo,
avalia de forma positiva a manifestação, “superamos a expectativa, mesmo com a
chuva torrencial, milhares participaram do ato. Com todo o cerco midiático, a
única forma de analisar a opinião do povo é na rua. Além das palavras de ordem
que foram levantadas em defesa da Petrobras, a defesa da presidenta Dilma foi
muito expressiva. O PCdoB sempre mostrou que estamos diante de uma grande
ameaça golpista, por isso, devemos defender a democracia e o mandato de Dilma
Rousseff, assim também os direitos trabalhistas, combater a corrupção com uma
Reforma Política democrática, levando em conta o sistema de financiamento de campanhas”,
conclui o presidente.
Adilson
Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil CTB,
afirma que a classe trabalhadora sabe identificar as mudanças obtidas com os
governos Lula e Dilma, “com um congresso mais conservador, a elite impõe uma
agenda regressiva para colocar o país em instabilidade. É necessário mostrar ao
povo o quanto é fundamental garantir a governabilidade e o mandato da
presidenta. Está em cheque a legalidade constitucional, por isso é importante
ganhar as ruas para além da pauta econômica”, afirma.
Para
a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virginia Barros, a
resposta ao ódio vai ser o amor e muita mobilização dos estudantes em todo
país, “O movimento estudantil desde o inicio da sua história, sempre lutou pela
democracia no país, cabe a nós batalharmos por mais direitos e aprofundar a
democracia, através da Reforma Política e combater o retrocesso. Não vamos
abrir mão, por exemplo, da conquista histórica dos 50% do Pré-Sal para
educação”.
O
presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, diz que o ato
foi legítimo e cumpriu seu papel mobilizador, “são milhares de trabalhadores
que saíram às ruas contra o golpismo, que defendem uma Petrobras pública, o
Pré-Sal para a saúde e educação, que pedem a Reforma Política e são contra o
financiamento empresarial de campanha. O povo está dando o recado que não
existe terceiro turno”, afirma o líder sindical.
Segundo
o presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS), Renan Alencar, a
juventude aderiu de forma expressiva em todo Brasil às manifestações dessa
sexta-feira (13) “mesmo com o bombardeio negativo da mídia, quando a gente
passa em sala de aula mobilizando a defesa da Petrobras, combate à corrupção,
uma Reforma Política democrática, é impressionante a resposta. Prova disso é os
milhares de jovens que ocuparam as ruas de todo o país nesta sexta-feira”,
afirma.
A
presidenta da Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG), Tamara Naiz, diz
que o momento da conjuntura nacional é de luta em defesa do país, “a ANPG está
aqui no ato para defender a democracia, a soberania nacional e dizer não aos
ataques da direita que querem promover o retrocesso no Brasil ”, conclui.
(Fonte: http://www.vermelho.org.br, Publicado em
13/03/2015)
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