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terça-feira, 22 de julho de 2014

Solidariedade à Palestina


Solidariedade à Palestina reúne milhares em São Paulo contra massacre

Em resposta ao massacre promovido pelo exército israelense na Faixa de Gaza, ordenado por um governo agressivo, racista e ultranacionalista liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, diversas capitais em todo o mundo têm manifestado solidariedade ao povo palestino e exigido o fim imediato da ofensiva. Em São Paulo, neste sábado (19), cerca de quatro mil pessoas participaram de um ato unificado diante do Consulado de Israel.
(Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho, 20 de julho de 2014)


O sábado foi considerado um dos dias mais sangrentos dos 13 dias da operação “Margem Protetora” lançada pelas forças israelenses em 8 de julho, primeiro com ataques áereos. Quase 70 pessoas foram mortas no bairro Shujaiyya, na Cidade de Gaza, pelas tropas que também invadiram o enclave palestino por terra na quinta-feira (17).

De acordo com fontes médicas citadas pela agência palestina de notícias Maan, neste domingo (20), ao menos 66 pessoas foram mortas naquele bairro e outras sete em outros locais, mas o número pode aumentar, já que há vítimas gravemente feridas. Entre os mortos estão 17 crianças, 14 mulheres e quatro idosos; mais de 200 feridos foram levados ao hospital al-Shifa.
Vários palestinos têm denunciado, inclusive em redes sociais, o uso de armas proibidas pelo direito internacional humanitário, como o urânio empobrecido e as bombas de fragmentação que disparam cerca de 10.000 pequenas flechas (“flechettes”) em várias direções.

Alguns dos nomes confirmados entre as vítimas fatais são os de Ahmad Ishaq Ramlawi, Marwah Suleiman al-Sirsawi, Raed Mansour Nayfah, Osama Ribhi Ayyad e Ahid Mousa al-Sirsik, além do fotojornalista Khalid Hamid e do paramédico Fuad Jabir, afirma a agência Maan. Desde que a ofensiva foi lançada por Netanyahu, em 8 de julho, cerca de 410 pessoas foram mortas. Ainda no sábado, antes do novo massacre, a Organização das Nações Unidas já contabilizava 59 crianças entre as vítimas fatais, 38 delas com 12 anos de idade ou menos.


Solidariedade internacional

Os diversos movimentos sociais e partidos políticos reunidos em São Paulo, assim como as manifestações massivas em outras cidades do Brasil, no Reino Unido, nos Estados Unidos, na França – onde o presidente François Hollande resolveu proibir os protestos solidários aos palestinos – e na Turquia, além de vários países árabes, denunciaram os crimes de guerra perpetrados pelo governo de Israel na Faixa de Gaza e a ocupação criminosa da Palestina, que há décadas impede os palestinos de exercerem seu direito à autodeterminação, subjugados ao regime militar, racista e opressor israelense.

Entre os oradores de uma longa lista de movimentos sociais e partidos políticos presentes no ato unificado, Socorro Gomes, presidenta do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Jamil Murad, presidente do PCdoB São Paulo e Emir Mourad, da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) afirmaram a solidariedade dos trabalhadores e trabalhadoras e do povo brasileiro aos palestinos, principalmente neste momento, e rechaçaram a política sistematicamente opressiva do governo israelense.
Muna Namura, da União Geral de Mulheres Palestinas, membro do Conselho Nacional Palestino e da Frente Popular de Luta Palestina (FPLP), deu declarações ao Portal Vermelho desde Ramallah, a sede administrativa do governo palestino na Cisjordânia, sobre a importância dos protestos internacionais:
“Primeiro, porque eles pressionam os governos para encerrar a guerra, encerrar a ocupação, para proteger os civis e para terminar com os ataques contra Gaza por ar, terra e mar. Israel deveria ser punido pelo direito internacional. Segundo, porque precisamos sentir a solidariedade. A resistência reage contra os soldados, enquanto Israel ataca os civis. Nós nos defendemos, enquanto os apoiadores de Israel dizem que eles têm o direito de se defender. Nós precisamos de apoio, precisamos da solidariedade internacional.”
Majed Abusalama, jornalista residente em Gaza, também em contato com o Vermelho, fez um apelo: “Perdi alguns amigos, outros tiveram que deixar suas casas, ou ficaram gravemente feridos. Nós amamos a vida, não queremos morrer com as bombas israelenses. Mas as nossas memórias agora estão preenchidas pela resistência, por lembranças sangrentas que farão as pessoas não perdoarem Israel ou esquecer a reação mundial durante esse massacre.”

















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